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Exemplo pelo não – Thiago Amério

by em 09/05/2012

Alguns já pensam em matemática: – “a ordem dos fatores (não – capturamos ele) altera o produto”.  Quantas vezes não conseguimos entender e só o exemplo é capaz de clarear? Mas pelo português que, agora, atuam os mais famosos advérbios de negação (capturados), porquanto o exemplo:

Não é imitação, não é repetir, não é decorar; Não é reducionista, não é superficial, não é minimalista; Não é copiar, não é ludibriar, não é vender.

Não é indiscreto, não é secreto, não é falso; Não é o óbvio, não é o mais fácil, não é o jeitinho; Não é o ninguém está vendo, não é o faça o que eu falo (mas não faça o que eu faço), não é hipocrisia.

Não é peixe dado, não é resultado, não é propaganda; Não é guerra, não é imposição, não é dogma; Não é o conforto, não é a preguiça, não é o cansaço; Não é largar o braço, não é covardia, não é omissão; Não é proibição, não é intolerância, não é ditadura; Não é ordem cega, não é palavra ríspida, não é grosseria.

Não é dinheiro, não é poder, não é fama; Não é gana, não é egoísmo, não é vaidade; Não é ícone por prazer, não é formalismo sem sentido, não é líder metido; Não é arrogância, não é prepotência, não é maledicência; Não é calúnia, não é politicagem, não é sacanagem.

Não é jogo de interesses, não é o seu próprio umbigo, não é fingir ser amigo; Não é só em época de eleição, não é efêmero, não te abandona; Não é impaciente, não é relaxado, não é desleixado.

Não é incapaz, não é incoerente, não é contraditório; Não é ignorância, não é desconhecimento, não é ambíguo; Não é desertor, não é traidor, não é sorrateiro.

Não é déspota, não é arbitrário, não é sanguinário; Não é imaginário, não é surreal, não é utópico; Não é usurpador, não é malfeitor, não é trágico; Não é triste, não é cabisbaixo, não é retrato.

Não é poesia, não é palavra, não é discurso; Não é estático, não é quadrado, não é fechado; Não é seco, não é áspero, não é chato.

Não é realeza, não é pedestal, não é tapete vermelho; Não é anormal, não é sobre-humano, não fura-filas; Não é vantagem, não é regalia, não é ponto fora da curva; Não é desigualdade, não é corrupção, não é discriminação; Não é ilegal, não é antiético, não é imoral.

Não é inflexível, não é infalível, não é invencível. Não é opaco, não é denso, não é tenso. Não é atemporal, não é “ahistórico”, não é perfeito. Não é o fim, não é o último, não é imortal. Não é a última rainha do deserto, não é o sempre certo, não é o mais esperto.

É a idiossincrasia, em eterna vigilância, em busca de constante evolução!

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